sexta-feira, 19 de junho de 2009

Turma 302 faz o caminho do lixo

CAMINHOS DO LIXO
O projeto Caminhos do Lixo, realizado pela CODECA, mostra a estudantes o tratamento dado aos resíduos sólidos urbanos em Caxias do Sul. A programação do Caminhos do Lixo inclui visitas as dependências da CODECA, como o setor administrativo e as garagens, a uma Associação de Recicladores e ao Aterro Sanitário São Giácomo. O tour se encerra no Museu do Lixo, nos Pavilhões da Festa da Uva.
Em cada local visitado, um profissional da CODECA explica o processo, repassando dados técnicos sobre os cuidados ambientais adotados. O principal objetivo do roteiro é aumentar a conscientização da população acerca da importância de se separar e reciclar o lixo doméstico, além de realçar o aspecto econômico da reciclagem.
O passeio é aberto às escolas, empresas e comunidade em geral, em grupos de até 50 pessoas. Os participantes são responsáveis pelo transporte, cabendo à CODECA a disponibilização de um guia para o acompanhamento. Os veículos devem se dirigir até a empresa, localizada no Km 141 da RST-453, bairro Centenário, em Caxias do Sul.
O Caminhos do Lixo tem duração de duas horas e pode ser realizado diariamente, nos turnos da manhã ou tarde. Para agendar o passeio, os interessados devem entrar em contato com o Departamento de Comunicação, pelo telefone (54) 3224-9314 ou pelo e-mail imprensa@codeca.com.

Usina de reciclagem - associação de catadores:


Aterro sanitário São Giácomo:
Caxias do Sul produz, diariamente, cerca de 340 toneladas de lixo orgânico. Recolhido pela CODECA, esse lixo é disposto no Aterro Sanitário São Giácomo, dentro das normas ambientais vigentes. Há um cuidado especial para que esse lixo, produzido pela população, não contamine o solo, lençóis freáticos e o ar.
O aterro existe desde 1991. Antes, o local era utilizado por moradores e empresas do município para descartar o lixo, tanto o orgânico como o seletivo. Era um lixão, sem nenhum cuidado pra evitar a contaminação do meio ambiente. Em um acordo firmado pelo Ministério Público e Prefeitura, o lixão foi transformado em aterro. Desde então, o lixo orgânico caxiense recebe tratamento.
Antes de receber o lixo, o terreno é devidamente preparado. Sobre a terra, é colocado um metro de argila compactada, uma geomembrana PEAD (Polietileno de Alta Densidade), outro camada de argila e rachão. Sobre esse estrutura é disposto o lixo. Esse material descartado é compactado por tratores e, depois de alcançar cerca de quatro metros de altura, coberto por uma camada de argila e terra. Em cima, é plantada grama.
Tratamento dos efluentes

O chorume, efluente oriundo da decomposição do lixo, é direcionado por uma sistema de canalização para a Central de Tratamento. O processo de tratamento é constituído de três fases, num processo seguido à risca pela Codeca. A saber:
1 - Tratamento físico-químico. Consiste na adição de um coagulante/floculante (sulfato de alumínio). Serve para formar flocos mais pesados, que serão retirados através de processo de decantação. O lodo, a parte sólida resultante desse processo, é secado e colocado de volta no aterro sanitário. A parte líquida é enviada para a segunda fase.
2 - Tratamento biológico. Consiste na passagem da parte líquida em um reator biológico, onde a matéria orgânica será digerida por bactérias anaeróbicas.
3 - Filtro de areia. Após o tratamento biológico, o líquido passa por um filtro de areia e, após esse processo, o material é descartado no arroio Tega.
Em cada etapa do processo de tratamento são coletadas amostras para análise química, visando verificar a eficiência do tratamento e se o mesmo obedece os parâmetros estabelecidos pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam).
O gás metano, o efluente resultante da decomposição, é drenado e queimado para ser transformado para CO2 (dióxido de carbono). A opção pela queima se explica pelo fato de o gás metano ser 21 vezes mais prejudicial para a camada de ozônio do que o dióxido de carbono.
Mesmo depois de parar de receber lixo, o Aterro Sanitário São Giácomo continuará a ser monitorado pelos técnicos da CODECA e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente por 20 anos, pelo menos. O cuidado se justifica: zelar pelo meio ambiente.




Museu do lixo:
Ao entrar na casa 8 da Réplica Caxias do Sul1885, nos pavilhões da Festa da Uva, o visitante se depara com uma obra rara: um livro religioso, em latim, editado na metade do século passado. Descartado por um morador, o livro é um dos itens que compõem o Museu do Lixo, organizado pela CODECA e aberto à visitação entre segunda e sexta-feira, das 13h30min às 18h.
O museu surgiu há alguns anos e traz peças antigas, algumas provavelmente trazidas por imigrantes da Itália, ainda no século XVIII. O objetivo era dar um destino melhor do que o aterro sanitário para peças que fazem parte da história da cidade e região.
O espaço conta com malas, baús, um aquecedor de ferro, moedores de carne e grãos, um moedor de cana, aparelhos de som do tempo da avó, máquinas de costura e alguns televisores do período em que só transmitia imagens em preto e branco.
Na Festa da Uva de 2008, realizada entre os dias 21 de fevereiro 9 de março, um grande número de pessoas visitou o Museu do Lixo. Nesses 22 dias, pelo menos 3 mil pessoas assinaram o livro de visitas, deixando registrada a passagem pelo espaço. No total, cerca de 15 mil pessoas passaram pelo espaço durante a Festa da Uva.



Textos extraídos do site: codeca.com.br

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